sábado, 13 de junho de 2009

Há canções e há momentos...


Às vezes parecia que, de tanto acreditar
Em tudo que achávamos tão certo,
Teríamos o mundo inteiro e até um pouco mais:
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços de vidro.

Mas percebo agora
Que o teu sorriso
Vem diferente,
Quase parecendo te ferir.
Não queria te ver assim

Quero a tua força como era antes.
O que tens é só teu
E de nada vale fugir
E não sentir mais nada.

Às vezes parecia que era só improvisar

E o mundo então seria um livro aberto,
Até chegar o dia em que tentamos ter demais,
Vendendo fácil o que não tinha preço.
Eu sei - é tudo sem sentido.

Quero ter alguém com quem conversar,

Alguém que depois não use o que eu disse
Contra mim.

Nada mais vai me ferir.
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada que segui

E com a minha própria lei.

Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais,
Como sei que tens também.
(Andrea Doria;Letra: Renato Russo Música: Dado Villa-Lobos/Renato Russo/Marcelo Bonfá; Album: Dois)

C'è gente che ha avuto mille cose, tutto il bene tutto
il male del mondo
Io ho avuto solo te, io non ti perderò, non ti lascerò
Per cercare nuove avventure
C'è gente che ama mille cose, e si perde per le strade del mondo
Io che amo solo te, io mi fermerò e ti regalerò
Quel che resta della mia gioventù
( "Io Che Amo Solo Te " Composição: Sérgio Endrigo)

(Howard Schatz )

Uma letra
Um abismo
Um sem fim
Onde estiveste antes de estares em mim?
Há naufrágios em meu mar
Barcos ébrios,
Velas ao vento
O mar além de mim
És tu, em névoas
Estranha de ti
Viajo
E na busca de teus passos me perco...
...e só te encontro em mim...
("Estranho"uma voz recorrente)

(Antonio Canova)
Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.
Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,

Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.
A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,

Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.
Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.
Mas cada um cumpre o Destino
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tin
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.
E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,
E, inda tonto do que houvera,

À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.
("Eros e Psique"Obra poética Fernando Pessoa)

Um comentário:

  1. Olá Clarissa!

    Sou uma das colaboradoras do blog Apenas Clarice Lispector e vim agradecer sua visita ao nosso blog! Em breve teremos novidades, o blog será recosntruído e atualizado!

    Beijos

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