sexta-feira, 17 de junho de 2011

Pensando alto...

Hoje resolvi dar um passeio em mim, e me peguei lendo algumas coisas por aqui.Queria poder escrever alguma coisa, sobre esse momento, mas sinceramente sou só silêncio, vazio....Estou assim, sem saber o que futuro me dirá, e o que me separa do futuro neste momento são algumas horas.Horas intermináveis, mas que precisarão chegar.Estou me preparando, e como disse nosso Pessoa Não sei o que o futuro me reserva ou o que o amanhã me trará.”. Sei que o virá, certamente será para o bem de todos, creio em Deus.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O mundo é mágico...Bené está encantado.



Eu não poderia deixar de expressar meu pesar pela perda de nosso grande filófoso Benedito Nunes. O Pará  está orfão da intelectualidade, da humildade, da serenidade de nosso Bené. Perdemos em tudo com essa partida, pois com ela se vai o último representante da geração literária de 30 no Pará. Fica a obra e a lembrança de suas falas, quão importante para minha formação foi ver tantas vezes Benedito contando histórias de vida, aulas de filosofia com jeito de papo de amigos no café da esquina. Amante e crítico de Clarice, Pessoa e Guimarães Rosa detentor insuperável do conhecimento, pensador com ares de um leitor comum. Palavras passadas em crivo de papel, certamente deixará um vazio no pensamento paraense, tão necessitado de verdadeiros pensadores. Hoje Bené se juntará a Max para outras Travessias e será mais uma estrela no céu, para nós fica o legado de uma vida dedicada a leitura, ao pensar, ao conhecimento e como professores temos o dever de espalhar essa semente de conhecimento plantada por Benedito Nunes em solo paraense. É isso, eu continuo não concordando com a descida dos corações amantes à terra dura..mas esperança equilibrista sabe que o show de todo artista tem que continuar...Continuemos.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Dia claro...dia de Clara...


Quero desejar-te neste dia especial o presente de uma infância feliz e um futuro de paz. Feliz Aniversário para alguém muito especial e linda e delicada e cheirosa e dengosa. Beijos. Te amo.

"Clara como a luz do sol..."

                                              

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

"O jeito de ser Sofia"


Este é o estilo Sofia de ser, ela já andou por aqui em sua versão bailarina. Sofia é menina, bailarina, sapequinha, faladeira e pensadora. Enquanto minha Sofia não vem, te empresto a poesia, tá?Te amo.



Quando fiz de tudo poesia
Pra dizer o que eu sentia
Fui mostrar
Ela não me ouvia
E mesmo
Insistindo todo dia
Era inútil
Não me ouvia
Sofia! Sofia!
Não ouvia
E não havia
O que fizesse ela atender
Sempre dispersiva
Sempre muito ativa
Sofia é do tipo que não pára
Não espera e mal respira
Imagine se ela vai ouvir poesia!
Sofia, escuta essa, vai
É pequena
É um haicai
Por fim
Noite de lua cheia
Prometeu que me ouviria
Bem mais tarde às onze e meia
Nunca senti tanta alegria
Mas cheguei
Ela já dormia
Sofia! Sofia!
Não ouvia
E não havia
O que fizesse ela acordar
Sofia quando dorme
Sente um prazer enorme
Fui saindo triste abatido
Tipo tudo está perdido
Imagine agora a chance que me resta
Pra pegá-la acordada
Só encontrando numa festa
Então, liguei de novo pra Sofia
Confirmando o mesmo horário
Mas numa danceteria
A casa de tão cheia
Já fervia
E ela dançando
Nem me via
Sofia! Sofia!
Não ouvia
E não havia
O que fizesse ela parar
Sofia quando dança
Pode perder a esperança
Mas eu tinha que tentar:
Sofia
Estou aqui esperando
Pra mostrar pra você
Aquela poesia, aquela, lembra?
Que eu te lia, te lia, te lia,
E você não ouvia, não ouvia, não ouvia
Hoje é o dia
Vem ouvir vai
Ela é pequeninha
Parece um haicai
E foi feita especialmente
Sofia, eu estou falando com você
Pára um pouco
Vamos lá fora
Eu leio e vou embora
Ou então aqui mesmo
Te leio no ouvido
Se você não entender
A gente soletra, interpreta
Etc, etc, etc…
Nada, nada, nada, só pulava
Não ouvia uma palavra
Aí já alguma coisa me dizia
Que do jeito que ia indo
Ela nunca me ouviria
Essa era a verdade crua e fria
Que no meu peito doía
Sofria, sofria!
E foi sofrendo
Que eu cheguei
Nessa agonia de hoje em dia
Fico aqui pensando
Onde é que estou errando
Será
Que é o conceito de poesia
Ou é defeito da Sofia?
Ainda vou fazer novos haicais
Reduzindo um pouco mais
Todos muito especiais
Sofia vai gostar demais!
(Luiz Tatit/ Haicai)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Dia de Tom.


"Ai quem me dera ser poeta pra cantar em seu louvor..."




Viva nosso maestro soberano!!!!!

Declaro para os devidos fins...



...que meu blog tem um visitante mui especial e outro dia recebi um comentário nada amistoso, porém a cara dele. Ele reclamou porque tenho direcionado minha atenção para a perda de meu Biel, e meio que brigou comigo da maneira mais inteligente e bem humorada que me despertou sorrisos emocionados com seu carinho. Como reclamou dedicarei este post a ele, acho que na verdade estava com ciúme do Biel, quer dizer de mim.Rss.Será que existe ciúme em alguém tão inquientante?Sempre o digo que sua companhia é inquietante, e é mesmo.O som e o silêncio residem nele.Ou seria o som do silêncio?Ou quem sabe o silêncio do som?Imaginem alguém que não sabe ganhar presente. Não gosta de sapatos. Nem de nenhuma opressão social como eventos formais, calça comprida e outras burocracias.Gosta de filmes sobre guerras, sonhou ser soldado, é amante de Bach e de Baco, da poesia e da quietude daquela cidade de além-mar que conheci através de seus olhos.Apresentou-me as águas de março, as chuvas misteriosas, o rio crescendo e invadindo as ruas, a cerveja gelada e o papo ao pé de São Pedro. Logo eu, tão encastelada, pois é, ele me fez descer do castelo e conhecer a vida pacata daquele lugar. Um menino velho com cabelo cor de sol.Parece que nasceu muito antes do que realmente nasceu, fala com experiência de um velho morador da margem de um rio. Um velho numa canoa na terceira margem de seu rio, do rio de sua aldeia, que talvez não seja o mais belo, como o Tejo de Pessoa, mas que com certeza é o mais belo rio de sua aldeia. Assim é Bruno, ele diz que não somos amigos, eu penso que sim, mas ele inventa cada conceito e sempre tem um na ponta língua para ir de encontro aos meus. É, às vezes ele é do contra, ou quase sempre, mas gosto dele, e de sua companhia mesmo distante fisicamente. Ah, Bruno deixa eu falar do meu Biel, mas que coisa...Eu sou assim, sei que ele deve estar por aí em sua viagens infinitas, mas ele amava ser amado por mim, e certamente fica lisonjeado com meu carinho.Rsss.Beijo querido, saudade de você.

"Ai palavras, ai palavras..."


Recebi o texto abaixo de minha amiga, integrante indispensável no S.S.A.P.S. (a mais sábia).Ela havia me prometido um texto em meu blog, mas nunca postava. Como mandou-me por email tomei a liberade de postar aqui, só para terem uma ideia vaga do que é ter uma A.P.S assim L.L.L (linda, loura e literária.Rsss).Ihh amiga, não pedi permissão para postar seu texto...e agora?Quer dizer, não pedi a você, mas pedi permissão ao deus da boa escrita.Ele existe sabia? Lindo amiga. Obrigada.


"Amiga o convite de Ricardo Reis era irrecusável e até hoje não sei se Lídia foi sentar-se à beira do rio com ele. Mas agora, te convido para te sentares ao meu lado com a mesma tranqüilidade de quem colhe flores e toca a água com a ponta dos pés. Sento-me agora aqui por ti, te devo essa reverência desde que me inscreveste entre as “grandes mulheres que fazem parte do universo que Clarice bebeu para compor suas personagens”. Sua homenagem me emocionou muitíssimo. Não tenho palavras! Ou tenho?
Um fato curioso aconteceu. No momento que li teu blog de extremo bom gosto com uma linguagem vertendo lirismo e poesia, senti imenso orgulho em tê-la como amiga e disse para mim mesma: – Tenho uma amiga escritora! No mesmo instante tratei de te enviar um e-mail e tecer para ti meus elogios de ariana impulsiva, e quando eu já estava acabando, passou por aqui um libriano ansioso teclou não sei onde e jaz! apagou tudo! “Vc. teclou. ond?”, eu perguntava desesperada! mas senti um bafo forte de vinho e percebi que Baco não ia deixá-lo responder. Que saudade da caneta e do papel! (te contei isso no sarau).
Minha adorável escritora! Conhecendo a implacável fluidez do rio de Heráclito como conheço e sabendo pela nossa adorável Beth que tudo na linha do tempo é fragmento, sei que nunca mais reconstruirei as mesmas palavras que dediquei em tua homenagem e nem lhes atribuirei o mesmo sentido, embora hoje, tudo o que eu queria tecer em relação a você e a Clarice tenha a mesma significação do dia em que li teu blog. Ai palavras! Ai palavras! “Onde estás que não respondes? ”

Reminiscências do que o rio não levou...

Amiga competentíssima, como assim... Clarissa?

Agora eu sei o que fazias na calada da noite e nos invernosos finais de semana em que desaparecias. Corrias labirintos, tateavas no escuro, entravas na floresta da alma e perambulavas em busca da vida criativa, primitiva, desse grupo de mulheres (que fazemos parte) que tecem longos casacos de lã diante do mar da Odisséia sem tirar os olhos do horizonte... com ânsias de se afogar, mergulhar profundamente, para então vir à tona cheia de vida, cheia de mar.

Praticavas a hermenêutica recolhendo ossos, não ossos qualquer, mas os ossos de Clarice, dessa mulher indomável, adorável, que se embrenhou no incompreensível e escavou na floresta mais profunda, mais fundamental do Ser, “Gostaria mesmo que você me visse e assistisse minha vida sem eu saber. Ver o que pode suceder quando se pactua com a comodidade da alma”. Certamente como nós ela teve medo de amar, de escrever, de revelar segredos, de deixar viver, deixar morrer, deixar ir o que tiver que ir... de se desapegar, mas certamente praticou o desapego e talvez nessa busca tenha passado mais tempo perto da alma, ludibriando o ego, privilégio antigo das loucas, estranhas, bruxas e sei lá mais o quê. Louca? Qual o quê! Clarice era mulher selvagem! e como tal deixou fluir os sentidos, não só “Perto do Coração”, mas em toda sua essência natural de mulher instintiva, que escavou a terra da alma, farejou, esticou sua pele até a última inquietação. Sim, pois a alma de Clarice tinha/tem pele, uma pele que arrepiava ao menor sopro de brisa. Sacerdotisa do mundo dos sentidos passava de uma para ser outra coisa sempre a nos prender e a nos alcançar com suas certezas e seus receios.
Sabes do meu carinho pelas Clarices e que assim como tu tenho uma delas em mim. Parabéns pela sua coragem! Beijos SSAPS. "
(Por Soraia Macola)

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