sábado, 18 de abril de 2009

"Navegar é preciso"

Nunca esqueço da tarde em que visitei a exposição de Rodin e Camille Claudel, foi uma tarde de águas grandes, a história daquela mulher me marcou profundamente. Tive medo do que o Amor poderia causar na vida de alguém. Não poderia iniciar este espaço refletindo sobre outro tema, que não fosse o “Amor”, porém falo daquele “que conhece o que é verdade”, e não de sentimentos baseados em equívocos. Demorei um pouco a crer na bonita filosofia bruniana sobre o Amor, talvez por teimosia ou “encastelamento”, para usar seu termo. Sinto-me com se voltasse de uma grande viagem, aquela já feita por Max, Pessoa e tantos outros. Naveguei sem medo, já que o mar me era um estranho conhecido, e assim me permiti lançar as redes, sabendo a todo instante que talvez não encontrasse peixes, nem pérolas. Mas essa, era minha “Travessia”, ninguém poderia fazê-la, senão eu mesma. E assim segui, em meu barco ébrio. Sou outra depois desta viagem, como nunca ousei ser, e como Max, trouxe “astros e asas”. Todo começo necessita de coragem. Coragem de abandonar. É preciso viver, e deixar morrer o que faz mal a nós, e aos outros. Creio, no verdadeiro Amor, já que sem ele, nós nada seriamos. É com esse sentimento que inauguro este espaço. No mais é "Deixa Deixa". Beijos com muito Amor para todos.

Um comentário:

  1. Clarissa,

    Vi duas ou três vezes o filme "Camille Claudel", produzido na frança em 1988, com direção de Bruno Nuytten. Gérard Depardieu interpretou Auguste Rodin e Isabelle Adjani viveu Camille Claudel.

    Um excelente filme, que conta a paixão de Camille Claudel pelo seu professor, o escultor Rodin.

    Abraços,

    Pedro.

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